Uma reflexão sobre falta de tempo, ano sabático e Síndrome de Burnout

reflexão sobre falta de tempo

Ao fazer pesquisas sobre Mindfulness nos deparamos com o título do livro de Osho – “Mindfulness para quem não tem tempo”. A primeira impressão foi de estranheza. Afinal, o conceito de Mindfulness passa por não reagir automaticamente, ter consciência sobre cada ação, amparado pelas âncoras da Consciência Plena, respiração, corpo e o sorriso. Para alguns gera uma ilusão de que temos que parar para pensar.

É certo que com o tempo quem pratica Mindfulness torna-se desperto em todos os momentos da vida, mas treinar a atenção requer tempo e dedicação. Não necessariamente algo parecido com a imagem de alguém em posição de lótus por horas de olhos fechados tentando não pensar em nada. Há pesquisas, inclusive, que mostram como meia hora por dia pode fazer a diferença. No entanto, não condiz com a ideia de que a prática é algo que não exige certa dedicação, o que o título de Osho pode levar a pensar.

Consequências da falta de tempo

Não ter tempo traz grandes consequências. São frequentes as histórias de pessoas que pararam por opção, com um ano sabático, por exemplo, ou forçadamente, nos casos de Síndrome de Burnout e outras doenças ou transtorno ligados ao estresse.

A decisão de sair e dar um tempo de Evaristo Costa, apresentador e funcionário da Globo há mais de 20 anos, foi justificada por ele que precisava dar uma pausa. Bruna Marquezine também optou por um ano sabático. Ou seja, nem quem tem carreiras ditas de sucesso, com boa remuneração e prestígio, escapa da necessidade de ampliar a consciência de si mesmo.  

No documentário “From Business to being”, como já mostramos neste blog, um suíço tomou a decisão de dar uma pausa após sofrer com Burnout severo. Viveu uma aventura nos Alpes por cinco meses. Depois disso, decidiu mudar de vida. De banqueiro tornou-se coach e atende direto de uma cabana na montanha.

As consequências de preencher todo o tempo disponível com muitas atividades são perigosas. O pior de tudo isso é que muitas pessoas e instituições parecem valorizar a rotina sem tempo até para respirar. Ao colocar no título do livro a questão da falta de tempo como normal, enfatiza-se uma crítica a esse hábito contemporâneo. Realmente é algo comum, mas não precisa ser tratado como normal. É esse um dos pontos que Mindfulness mostra e nos ensina a fazer diferente.  

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