Meditação melhora resistência à dor, mostra pesquisa

meditação melhora resistência a dor

Muita gente diz que meditar reduz a dor e a ciência tem comprovado essa afirmação. Na verdade, o que acontece é que os meditantes tornam-se mais resistentes à sensação de dor, suportam-na melhor, mudam o foco com a meditação, como mostram pesquisas. Em vez de amplificá-la, aceitam e reagem melhor, o que dá a sensação de que a dor é menor. Na prática, podemos dizer que a meditação reduz a dor, já que não senti-la é como se ela não existisse. A mente vai sendo treinada a dar uma outra importância menor a dor e o corpo ajuda a transformá-la em ponto de fortalecimento.

A pesquisa que mostrou essa tolerância melhor à dor, da Clínica de Redução de Estresse da Universidade de Massachucets, monitorou aproximadamente 14 mil pacientes durante 24 anos. Eram pacientes com Aids, Câncer, Dor Crônica e complicações gástricas. 40% deles abandonaram os analgésicos depois de passarem por programas de Mindfulness.

A sensação de dor, segundo os cientistas, aumenta de acordo com o grau de ansiedade e estresse do paciente. Estar doente, em um hospital, é uma situação que deixa as pessoas mais estressadas e ansiosas. No entanto, com a meditação, que tem benefícios como a autorregulação, mais calma, o nível de estresse e ansiedade é diminuído. A dor, consequentemente, também é menor.  

Essa diminuição do estresse e ansiedade com Mindfulness é facilmente explicada. De acordo com duas pesquisas, uma da Universidade de Stanford e outra de Columbia, o cortisol e adrenalina, secretados em situações de estresse, diminuem com meditação. Ao mesmo tempo, o organismo do meditante produz espontaneamente mais endorfina, um calmante poderoso e natural, com ação analgésica comparada à da morfina. É ainda responsável pela sensação de leveza e alegria, conhecido como hormônio do bem-estar.

Estudos científicos sobre Mindfulness desde o início

Parte dos pacientes monitorados na pesquisa sobre dor foram a razão da sistematização do programa de 8 semanas de Mindfulness. Como já mostramos, havia um grupo de pacientes no hospital da Universidade de Massachucets que não respondia aos tratamentos convencionais como o esperado. Assim, o médico Jon Kabat-Zinn recebeu o convite para tratá-los. Daí em diante, Mindfulness começou a ser mais estudado e praticado mundo afora.

As práticas de consciência plena permitem uma nova abordagem da própria mente sobre a dor, que muda de intensidade e migra dentro da região dolorida, mostra-se em movimento e o movimento percebido pela mente permite-nos desenvolver outras maneiras de lidar com o que estamos sentindo.

Fonte: http://super.abril.com.br/ciencia/e-so-respirar/

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