O título de homem mais feliz do mundo foi dado por cientistas da Universidade de Wisconsin ao monge budista francês Matthieu Ricard depois de plugarem centenas de eletrodos na cabeça dele.
O exame mostrou que Matthieu Ricard produziu ondas gama, ligadas à consciência, atenção, aprendizado e memória em quantidades nunca registradas. Também constatou que áreas do cérebro que sinalizam emoções positivas são mais ativas no cérebro do monge budista francês do que da maioria das pessoas. O número de ondas gama crescia ainda mais quando ele meditava em compaixão.
O estudo usou como parâmetro o índice 0,3 (muito infeliz) e -0,3 (muito feliz). O índice do monge superou todas as expectativas, -0,45.
Perguntado se realmente era o homem mais feliz do mundo, Matthieu Richard respondeu que não tinha acesso ao que todas as pessoas sentiam e que inclusive outras 25 pessoas, também meditantes, apresentaram nível de felicidade parecidos com o dele. No entanto, o monge foi quem levou a fama pelo nível de felicidade e percorre o mundo para falar sobre o tema.
Meditação e felicidade
A relação entre meditação e felicidade faz muito sentido, pois até o hormônio da felicidade, serotonina, aumenta durante práticas meditativas. Além disso, como a ciência tem provado, vários são os benefícios da meditação que colaboram para maior sensação de bem-estar, o que eleva o nível de felicidade.
Na visão de Matthieu, felicidade está relacionada à empatia e compaixão.
Segundo o monge, mais do que nos deixar mais felizes, a empatia e a compaixão ainda contribuem para a felicidade do próximo quando se é mais empático e altruísta, é o que simples de entender.
Aliás, existe um estudo que diz que quem medita é até mais honesto. Isto acontece provavelmente porque meditantes são menos impulsivos, o que os leva a pensar melhor antes de tomar uma atitude e evitar as danosas explosões.