Temos padrões de comportamento talvez alicerçados por anos sem que nos demos conta. Nem sempre eles são benéficos. E por serem vistos como muito naturais, quando vêm à tona, podem provocar pensamentos como:
“Sou assim mesmo, como meu pai e todo mundo da minha família”.
“Fulano me tira do sério, não tem jeito”.
“Toda vez que isso acontece eu me desespero”.
Essas três frases pertencem à zona de conforto, de onde não queremos sair. No entanto, se saíssemos, seríamos muito beneficiados. A ideia de que não dá pra mudar também é prejudicial demais. Temos reações fortes a algumas situações e creditamos elas ao nosso gênio, DNA e ao outro, pois queremos nos livrar da responsabilidade de sermos diferentes.
Quem pratica Mindfulness tem uma ferramenta muito poderosa para ajudar a identificar padrões de comportamento e ajustá-los. Por ser ancorado no aqui e agora, além de ampliar a percepção de nossas emoções, o autoconhecimento aumenta. Passamos a analisar o que aconteceu com mais calma, sem deixar nos levar por impulsos. Ao sair do piloto automático, as ações e pensamentos passam por um filtro mais apurado, o que amplia sua percepção sobre seus hábitos, pensamentos e comportamentos.
Outra característica de quem desenvolve a Consciência Plena é compreender melhor o próximo. Ao compreendê-lo, exercitar a empatia, as reações que determinadas pessoas tomam é outra. E por mais que ela te tire do sério, você irá respirar antes de tomar qualquer atitude. A raiva porque “fulano te enlouquece” provavelmente será amenizada.
Existem padrões de comportamento benéficos também. Eles são recursos valiosos para o aprendizado. Segundo o psicólogo Alfeu Marcatto, criamos padrões de comportamento sempre que uma situação nova aparece.
“Aprender é criar padrões. Quando estamos diante de algo novo, dizemos que nos é desconhecido. Não temos padrões para aquilo. Procuramos então ligá-lo a algo que já conhecemos, a um padrão existente. Daí passamos a procurar compreendê-lo, passamos a construir um padrão de repetição que nos permita reconhecer este algo quando o virmos de novo”.
Ainda de acordo com ele, quanto maior a tensão no momento de criar um padrão, mais forte ele será. A repetição também é outro fator importante na fixação do fator.
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