No Brasil, a prática do Mindfulness chegou ao SUS há alguns anos, introduzida pela Escola Paulista de Medicina (EPM – UNIFESP), o Centro Mente Aberta. A instituição tem utilizado a Atenção Plena como meio de promoção da saúde e bem-estar. Os resultados têm sido excelentes, principalmente em pacientes com quadros de ansiedade e depressão.
Segundo os coordenadores do projeto, os praticantes usufruem dos seguintes benefícios:
– Melhora na aceitação da dor;
– Calma, maior concentração e produtividade;
– Abertura para relacionamentos e mais equilíbrio nos existentes;
– Redução de alto grau de estresse;
– Diminuição dos níveis de agressividade em pacientes psiquiátricos;
– Melhora da qualidade de vida e da autoeficácia em saúde para a população em geral (promoção da saúde).
Para chegar a estes resultados, são feitos vários seminários científicos gratuitos para a população e também montados grupos de pacientes para o aprendizado da técnica, que pode ser experimentada por qualquer pessoa.
A equipe que trabalha no Centro Mente Aberta é multidisciplinar, composta por 20 pessoas e segue as diretrizes de uma rede britânica especialista no assunto. Apesar de parecer novidade para quem não conhece a Atenção Plena, vale lembrar que seu uso na medicina já ultrapassa 25 anos. Inclusive, ficou popularizada depois que um médico americano, John Kabat-Zinn, a desenvolveu em um programa de 8 semanas, em tratamentos de pacientes do Hospital da Escola de Medicina da Universidade de Massachusetts que relatavam sofrer com dores crônicas e muito estresse por causa de suas doenças, sem tratamento de sucesso na medicina convencional.
Ao mesmo tempo que os grupos de pacientes frequentavam o Programa de 8 Semanas, uma equipe interdisciplinar fazia pesquisas que mediram os resultados e benefícios, dando um caráter de fidedignidade ao papel complementar de Mindfulness à saúde, reconhecido pelas Ciências Médicas.
Nos Estados Unidos, a participação no programa de Atenção Plena foi gratuita, assim como o Centro Mente Aberta tem proporcionado em São Paulo pelo SUS. Uma iniciativa muito válida, já que depois que o programa acaba é possível que o participante incorpore as técnicas ao dia a dia, tirando o máximo de proveito para viver uma vida mais plena e ancorada no presente.